quarta-feira, 4 de agosto de 2010

SALT

de Phillip Noyce

Angelina Jolie, tãolindaquantosempre, vestindo somente uma lingerie de rendinha, toda ensanguentada, jogada em uma sala escura e sendo espancada por norte-coreanos. Essa é a primeira cena de Salt. E, vamlá, sem hipocrisias, só isso já é motivo mais do que suficiente pra ir até a telona. Fantasias sexuais à parte, "Salt" é mais um filme de ação.
Com uma quantidade de produtores quase maior que o elenco -cofcof- entre eles alguns que assinaram filmes como "Transformers", Transformes 2, Transformes: a vingança dos rejeitados, Transformers,osrobôscontraatacam e todo o resto e com o roteirista de "Ultravioleta"(um filme que eu não quero ver), não poderíamos esperar muito mais do que um filme de ação, bem comercial, bem Hollywood séc.XXI. A sinopse: SALT (Jolie, semprelinda) é uma agente da CIA fugindo de muitos outros agentes da CIA e de muitos outros americanos que a acusam de ser uma infiltrada Russa que quer explodir o mundo.
Angelina Jolie faz tudo aquilo que já tinha feito em Tomb Raider, dessa vez usando uma franjinha bem cheerleader. Além disso, ela corre, pula, chuta, atira, mata, usaváriasmetralhadaoras, anda de moto, pula em caminhões em movimento, anda de metrô, corre, pula, atira, mata, explode, chuta, soca, faz uns passinhos de Le Parkour, chuta, soca, imobilizada, atira, explode, explode, chuta, soca... Tudo isso sendo perseguida por centenas de homens engravatados. Ah, e, óbvio, usando várias roupas estilosas e com cara de "oi,eusouumaespiã".
Nada disso, contudo, afetaofato de que ela é maravilhosa. Angelina Jolie ganhou meu coração ano passado com o drama "A Troca" e agora tudo que eu vejo com ela é um pouco mais lindo.
Repetindo pra deixar bem claro: "Salt" é um filme de ação. Quem não gosta desse gênero, nem adianta tentar absorver alguma coisa. Mas pra quem gosta é um prato cheio. Tem tudo aquilo que um ótimo filme de ação precisa ter (além das acrobacias que eu já citei ali em cima). "Salt" tem uma linda protagonista, uma montagem fácil e óbvia, um roteiro superficial e uma trilha sonora com todos os efeitos sonoros estrondosos prontos para acompanharem as explosões de carro - que são muitas. Poderia, confesso, ser meu mais novo filme preferido, desbancando o TOP1 desde 2008 "Transformers". Mas aí entra uma frase que meu grande amigo Rodrigo Peroni falou esses dias, a respeito de outro filme: "ele até seria 3 pipocas, mas aaaai, aquele final!". É, minhagente, aaaaai >.< o final. PQP. Digamos que ele é bem... surpreendente. Digamos assim, SURPREENDENTE DEMAIS. Digamos que Hollywood e toda sua indústria, no desespero de se manter em meio a crise cinematográfica pós-Avatar, não consegue mais sustentar nem ao menos o que poderia vir a ser um bom filme de ação.
E assim, nossos amigos norte-americanos torturam seus espectadores espancando eles e jogando-os para fora da sala de cinema. Ao invés de deixá-los sair comentando sobre as cenas estrondooosas que acabaram de ver, nossa indústria insiste em nos arrancar da frente da telona decepcionados, com aquela sensação de termos sido traídos pelo filme. Não fica nem a vontade de esperar 1 ano por "Salt  2 - A Vingança dos Comunistas". Fica mesmo a vontade de chegar logo em casa e tomar sopa. Uma pena =/