sexta-feira, 5 de março de 2010

Preciosa - Uma História de Esperança

(Precious: Based on the Novel Push by Sapphire, de Lee Daniels)

Sobre "Preciosa" eu vou falar duas coisas.
Foi indicado ao Oscar de Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Atriz (Gabourey Sidibe), Melhor Atriz Coadjuvante (Mo'Nique), Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Edição. O elenco do filme é bem feminino e todo ele está MA-RA-VI-LHO-SO. Todos. Desde as indicadas ao Oscar aí em cima (que, confesso, eu ficaria bem alegrezinha se ganhassem) até as coadjuvantes colegas da protagonista, passando por uma professora linda e simpatissíssima, e pela assistente social interpretada por uma Mariah Carey que não parece a Mariah Carey. Impecável. A história, caso alguém ainda não saiba, é um tanto quanto pesada. Assim, sabe quando você tá pegando o leite na geladeira e ele cai da sua mão e suja toda a cozinha de leite? Aí você amaldiçoa meio mundo, porque você tem prova no dia seguinte e precisa estudar para a prova e agora vai ter que limpar o leite que derramou. Então, depois de assistir "Preciosa" você vai pensar sete vezes antes de reclamar de qualquer coisa. A impressão inicial é que Claireece (a Precious) é uma adolescente com quem tudo deu errado. Tudo, sem exceção. A vida dela é horrível, todas as desgraças que poderiam cair em cima de alguém, caíram nela [não é exatamente assim, mas essa é a impressão que fica]. O filme é triste - dã - mas eu não me debulhei em lágrimas como algumas pessoas falaram que iria acontecer. Ele só é meio difícil de digerir.
O que eu vou falar agora não é nenhuma novidade, mas né. "Preciosa" faz olharmos pra nossa vida de um outro ângulo. Eu saí da sala de cinema verdadeiramente transformada pelo filme. Não faz sentido resmungar do elevador que não chega nunca depois do filme. E se fizer é por que você é uma ameba em forma de gente, ok. Deixando de lado a parte mágica do filme de mudar a vida do espectador - e, na minha opinião, a mais importante - e falando brevemente sobre a produção. O filme é ótimo. A história não cansa em momento algum, mantendo a gente preso nela até mesmo quando não queremos. Como eu já disse, mas acho válido repetir, as atrizes estão perfeitas; o Lenny Krevitz sem peruca (q-?) e perdido ali no meio também ficou sensacional; as cenas em que vemos os "sonhos" de Precious ficaram LINDAS - e o modo como esse artifício foi usado, primordial. Ah, e eu amei o cachecol vermelho. A respeito do final - bizarramente - ainda não tenho uma opinião formada. Eu já sei que não achei ele ruim. O fato é que o final do filme não deve ser visto como o fim. Fazendo um trocadilho mais do que besta com o título traduzido, é uma história de esperança. E acho que esse é o final. Gostei.

obs: falei mais que duas coisas ._.' enfim, era pra ser 1) as atrizes; 2) life's changing movie