sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Avatar

(de James Cameron, 2009)
 acesse também a crítica do Pipocas: "Avatar" no Pipocas em Ação


O filme é lindo, LINDO e lindo. Mil vezes lindo. Ele é mágico, colorido, surreal. Lindo em todos os aspectos.
Começando pelo fato de ele ser tecnologicamente bonito. É uma mega-ultra-blaster produção, e eu adoro elas. A computação utilizada do melhor jeito. O 3D fazendo seu papel desde a primeira cena, quando os pontos de luz aparentemente "saem" da tela e ficam pairando na sala de cinema. Um parênteses aqui: Avatar NÃO é um FILME em 3D. O que significa que se você espera ver aviões e flechas saindo da tela na sua diração, não vai acontecer. Ele é um filme que UTILIZA o lance das 3 Dimensões, mas nos seus detalhes, no cenário, no brilho: o que, inclusive, deixa o filme ainda mais belo.
A história é cativante. Talvez, mais cativante por causa do momento em que estamos vivendo. Não é que estejamos em um momento onde o ser humano é irresponsável, ganancioso e desrespeitoso em relação a natureza - na verdade, ele sempre foi assim. Mas eu acredito que, século XXI a dentro, mais do que antes, as pessoas estão PERCEBENDO isso. Estamos vendo que não dá pra sair destruindo tudo, que não dá pra bombardear todos quando queremos algo. Consciência é a palavra. E é exatamente aí que o filme prende.
Tem, sim, o velho pacotinho Hollywoodiano: o herói, a mocinha, o amor proibido, o "inimigo" do herói que disputa o amor da moça, o vilão inconsequentemotherfuckerbuuurro, enfim... uma série de personagens que, puxando um pouquinho pela memória, já vimos antes em vários filmes, séries e gibis. Contudo, isso não se torna em momento algum um problema. Embora muitos dos ingredientes sejam os mesmos, a receita é NOVÍSSIMA.
"Avatar" é isso. É inovador e lindo. Todo o cenário, todas as imagens, a ideia e o modo como o filme gira ao redor dessa ideia faz com o espectador exatamente aquilo que se espera de um filme (e que, ironicamente, tão poucos conseguem): te faz sentir. É uma experiência nova e cativante. Dá vontade de fazer parte daquele universo. Se eu tivesse a possibilidade de imaginar tudo de novo, imaginaria exatamente igual.
Sinto-me obrigada a parafrasear aqui algo que um amigo meu disse: "Em Avatar, você realmente quer que o filme continue." E é essa a sensação que acompanha durante todas as quase 3 horas de filme. Você não quer que acabe. Ele não cansa, não chateia, não repete.
Enfim, Avatar é lindo. É tudo o que eu gostaria de fazer. É isso, é meu filme preferido.
Admito que para escrever uma crítica mais consistente precisaria deixar a poeira do sentimento baixar um pouco, perder alguns gramas de estupor e excitação, assistir mais algumas vezes nas outras versões (sem o 3D e dublado)... enfim, deixar a paixão passar um pouquinho pra eu poder escrever alguma coisa com o cérebro.
Mas né, tanto faz... "Avatar" é tão, tão lindo. E tem gente que não acredita em amor à primeira vista.

Um comentário:

Rodrigo Oliva Peroni disse...

"Porque pensar é não compreender...
O Mundo não se fez para pensarmos nele
(Pensar é estar doente dos olhos)
Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo..."
Alberto Caeiro