sábado, 23 de janeiro de 2010

Na Natureza Selvaegm

(Into The Wild)

 A primeira vez que assisti "Na Natureza Selvagem" foi ano passado. Lembro que foi um daqueles filmes que já de cara fazem a diferença. A história me envolveu completamente, e depois de meia hora assistindo eu já não percebia as músicas nem as imagens, tamanho era o mergulho que eu tinha dado pra dentro do que estava sendo contado. Tem gente que quando isso acontece diz que "o filme te prende" e eu acho que foi mais ou menos isso que aconteceu mesmo: o filme me prendeu e eu me emocionei até o máximo que a Síndrome Lucyanística permite. Bom, tudo isso pra eu concluir que o filme é lindo e maravilhoso.
Meses depois (no caso, hoje) assisti-o pela segunda vez. E, vamlá, o filme nunca é o mesmo: cada vez que vemos um filme, ele muda. Ele se adapta aos olhos de quem está na frente da tela, ao momento, às vivências e aos sentimentos do espectador sendo que o mesmo filme assistido no sábado ou na segunda-feira são duas películas completamente diferentes e únicas. Não é que dessa vez tenha me "prendido" menos; eu só consegui vê-lo com a mente mais ampla.
A consequência disso é que eu não só ratifiquei (comprovei) que o filme é realmente sensacional e emocionante, como percebi todo aquele universo constituinte da arte que está fortemente presente em "Into the Wild", mas que não havia enxergado na primeira vez.
A trilha sonora, impecável, ocupa um espaço muito maior do que o comunmente ocupado por elas. Ela não só acompanha o filme, do início ao filme. As músicas, em "Into The Wild" SÃO o filme - e, não, ele não é um musical -, elas estão dentro dele, são os músculos, dão sustentação, preencheminto, cor, força... enfim, amarram-se de tal forma com as cenas e com a história que deixam de ser apenas canções para originar sentimento, vida.
Aproveitando o link, MEUDEUS, AS CENAS. A FOTOGRAFIA É LINDA,LINDA,LINDA. Mil vezes linda. É perfeita, e mágica, e colorida e, o mais incrível de tudo, ela é assombrosamente REAL. Todas as imagens, todos os momentos, todas as paisagens, cada detalhe, cada planta. Tudo é maravilhoso. Chega a dar a impressão de que o mundo apresentado no filme é muito mais belo do que o nosso, dá vontade de sair correndo e conhecer todos os lugares, sentir tudo aquilo com o que aquelas imagens estão carregadas.
Emile Hirsch (o pivete de "Um Show de Vizinha") está impecável no papel principal, sem deixar espaço pra dúvidas e, o mais importante, constituindo o espírito e o cordão humano do filme. A história, bytheway, é a de um jovem relativamente rico que decide deixar tudo pra trás - família, casa, dinheiro - para ir viver no meio da selva. Parafraseando o próprio filme: "liberdade total". Claro que a história é MUITO mais que isso, mas se eu contar estraga a surpresa.
Recomendo, também, para quem vai assistir, que não procure muitas informações, que não saiba muita coisa. Que não preste muita atenção na capa do DVD. Que simplesmente comece a assistir assim, meio que na ignorância.

E agora recomendo pra quem já assistiu que procure pelas referências, pelos "quotes". Que leia um pouco sobre a vida daqueles que o Cristopher lia, enfim, que vá um pouquinho além do filme. Vale a pena também.



"I love not man the less, but Nature more..."

Um comentário:

Thiago Dantas disse...

(: super concordo, com tudo. sua visão do filme foi a mesma que a minha e eu tb não consegui "avaliar" de um jeito critico da primeira vez que vi, mas da segunda não só fiz como, asism coomo vc, comprovei que o filme é foda. emilie tá soberbo e boto fé que ele ainda vai dar mt o que falar. filme lindo MESMO. (: